Quando falamos de empreendedorismo, pensamos logo nos ganhos financeiros e no capital, o que faz sentido, já que uma grande parcela das pessoas começa a empreender porque estão desempregadas.

De acordo com o IBGE, no primeiro trimestre deste ano o desemprego no Brasil aumentou 13,7 enquanto o empreendedorismo cresceu 29,5. Contudo, o empreendedorismo ainda tem um papel social.

Novos produtos, serviços – novas empresas – surgem porque a sociedade possui uma lacuna que precisa ser preenchida, um problema que ainda não possui uma solução eficiente.

O caso atual mais clássico são as startups de transporte, que existem porque:

  1. Táxis são caros
  2. O transporte público não oferece a qualidade necessária
  3. Os governos não realizam os investimentos necessários

Poderia dar exemplos de todos os setores, desde a área da saúde, com gestão de leitos e equipe médica, até mesmo os serviços financeiros, de cartões de créditos até investimentos, porque o empreendedorismo permeia toda a sociedade – independente de classe social.

Precisamos do empreendedorismo pois ele faz mais que criar novas soluções para problemas antigos: eles provocam a necessidade de mudança.

Empresas e serviços consolidados no mercado, como bancos ou planos de saúde, começaram a ser provocados pelas novas empresas a oferecer condições melhores para seus consumidores.

E vimos essa pressão aumentar com o desenvolvimento do ecossistema de startups e as novas soluções digitais.

Até 2016, taxistas não precisavam aceitar pagamento em cartão, mas Uber, Cabify, EasyTaxi e 99 provocaram essa mudança, melhorando o serviço ao cidadão e ao cliente.

Um cartão de crédito internacional não era para qualquer, com o movimento do NuBank e do Banco Original, a Visa precisou criar o Neon e o Bradesco o Banco Next.

Provocados pelas falhas e problemas da sociedade, os empreendedores criam, inspiram, movimentam e aumentam a transformação.